.
Nas noites em que não durmo, fico ouvindo o silêncio, pondo lembranças no colo, amores acariciando.
Se o sono é escasso, noites e eu, choramos juntas. E o lamento agudo e fundo, como uma faca, nos corta, nos fere no mesmo aço.
Abro janelas e portas, empurro o teto pro alto, que a tristeza cresce, precisa de muito espaço.
Palavras soltas, num eco,
fantasmas que me atormentam,
crepúsculos sombrios,
uma canção delicadíssima,
pedaços de lugares,
deslumbramentos tardios
e muitas, muitas tristezas
no vento.
A noite é escura e imensa
e num ritual quase macabro
ateamos fogo às vestes,
nos queimamos.
Depois morremos nus e ateus,
pensando em frias tardes azuis,
sem crença, sem luz, sem Deus.
.
Jac. Rizzo - http://jacrizzo.blogspot.com/
.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Belíssimo.!!!!
ResponderExcluirte abraço
Sueli,
ResponderExcluirEla é demais.
Conheça o blog http://jacrizzo.blogspot.com/
Te abraço.