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sem cores
não há mais cores
nas minhas mãos
somente cinzas, tons tristes
de todas as cores
cinzas no corpo
alimentado só de solidão
as palavras fogem de mim
circunspectas e caladas
como se repetissem
sem os verbos
as mesmas rimas
o violão rejeita solene
as intenções de canção
no silêncio rodeado
de dós e si bemóis
quanto tempo passou?
algum vento passou?
estou imóvel
sem versos, calando
como as cores no cinza
dentro, preto e branco,
sem versos, esperando
de cor, uma cor
nascer nas mãos
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MQ
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terça-feira, 16 de março de 2010
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Lindo, amigo!
ResponderExcluirComo a poesia tem o poder de
nos transportar para um mundo
melhor! Ela suaviza os contornos
de tudo. Alivia as arestas da vida.
A poesia é bálsamo...bjos.
Verdade Jac.
ResponderExcluirBendito o bem da poesia!
Abraço/carinho/saudade.