quarta-feira, 10 de março de 2010
MARIELZA TISCATE
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“Se”
E se acabar o dia, a noite, o riso,
O prazer, a luz,
Estrelas
Amigos, estradas?
Se acabar a paz,
A luta, o beijo
O sono, o sonho
A flor, o vinho
Se acabar o fim e o meio?
Se o relógio parar
Se o tempo sumir
O espaço seguir
Para o nada?
Se tudo isso não for
O que eu pensava
Se o contrário for a regra
Minha idéia um gracejo
Se a memória me trair
Na hora da virada?
Enquanto não for lá ver
Todo “se” é nada
Nada faz sentido se estou parada
Não toco a pele dos momentos
Não bebo o cálice das horas
A água, o sangue
Gemidos, suspiros e gritos
Se me nego o suor
E não entro no vulcão
Meus dias serão “se”
E a resposta será “não”
.
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Lindíssima poesia Quinam,
ResponderExcluirFico feliz em saber que a minha terra ainda está produzindo gente de sensibilidade e bom gosto. A mensagem é óbvia: "se" não reagirmos nada acontecerá, ou melhor, a laia dos incompetentes e desentusiasmados properará! Um abraço fraterno desse conterrâneo que sente muita saudade de Belém.
Leonam,
ResponderExcluirSeja sempre muito benvindo.
Abraço.
Inquietante
ResponderExcluirDesconfortável
E lindo.
"Se tudo isso não for
O que eu pensava
Se o contrário for a regra
Minha idéia um gracejo..."
E se for melhor "deixar a vida me levar"?
Beijos
Cristina,
ResponderExcluirQue bom você aqui, beijão.