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por entre as folhas
a renda branca
veste o mormaço
que o húmus transpira
na terra que bruscamente
chega ao mar
e o mar sereno que seduz as praias
em véu de espuma se instila
cobrindo o braço de terra
que tenta abraçar
respingando a água salgada
na renda branca
que a aranha negra
fez pra morar
indignada levando
o novelo no ventre
vai tecer sua casa longe do mar
neste exato momento
o computador recebe
a fotografia que o satélite
tirou do lugar
encoberto de nuvens
como a renda branca
que a aranha negra
leva no ventre
para tecer no ar
momento dos seres vivendo
o tempo no instante que o instante
se equilibra na harmonia
daquele lugar
MQ
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sábado, 20 de março de 2010
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