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Renascida das cinzas dos vestígios das horas,
no ensejo tão exato das palavras
da poesia andarilha e descalça,
perfumei os caminhos
onde bebi lágrimas em taças de ausências.
Na barra da saia amarrei a reza dos poetas sem medo
recolhi lampejos dos versos que salvam
e escolhendo as cores cuidadosamente,
preparei a transparência inteira desse manto
que me recobre a alma.
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sexta-feira, 5 de março de 2010
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