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Ladainha das sete dores
Licença peço senhores
Pra sete dores contar
Licença rogo nas dores
Que é meu jeito de cantar
Nunca tive mais que a vida
E o sonho ribeirinho
Nunca fiz uma viagem
Buscando outro caminho
Nunca tive uma donzela
Que me desse seu carinho
Nunca fiz com minhas mãos
Os gestos que adivinho
Encobri com meu cansaço
O tanto do meu atino
Descobri de um momento
Como era ser sozinho
Minha magoa de calado
É aceitar meu destino
“Sou índio, sou caboclo
Uso tanga de cipó
Nas margens onde nasci
É que fica o Marajó
O lugar onde cresci
É mato de um índio só”
(*)
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MQ
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(*)Domínio Público Adaptado
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domingo, 27 de dezembro de 2009
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