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Qualquer reflexão que se faça sobre aprender, descobrir, perceber, independente da idade, lá esta o som. Desde a barriga materna, a audição é o primeiro sentido que percebemos. Suponho que ao lidar com o que ouvimos desde o começo da vida, inconscientemente, processamos a música no nosso cérebro.
De todas as manifestações humanas, é a forma que mais conjuga a emoção, seja só com o talento ou com a técnica; a música nos remete para o enlevo, para o contato atemporal com nossas lembranças, sonhos e aspirações.
Ao juntar os sons da natureza numa infinidade de maneiras de organizá-los estamos elevando a alma humana a uma proximidade maior com o sublime.
Nenhum ajuntamento humano existe sem a música, o próprio homem já nasce com a capacidade de reproduzir e inventar o som, de organizá-lo, de ensinar a reproduzir o que cria no instrumento natural que é o seu corpo e de criar, com suas mãos outros instrumentos para fazê-lo.
O ensino da música na escola possibilita o autoconhecimento, o aferimento da emoção, estimula habilidades e integração em todas as atividades coletivas contribuindo para o enriquecimento do espírito humano.
Na escola, um processo interativo e interdisciplinar de conhecimento do corpo como objeto musical, de organização motora associada ao ritmo, de socialização, de linguagem expressiva e como forma de conhecimento da riqueza de nossa Cultura Musical seria uma forma de liberdade no aprender, de provocar o interesse pela nossa brasilidade.
Ensinar é incluir, aprender é integrar e a música que já nasce dentro de nós deve ser o fio condutor do modo de sermos mais livres e melhores.
MQ
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domingo, 21 de junho de 2009
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