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TEIA
Do que padece essa gente
Que arde febril de culpa
Que guarda em silêncio a dúvida
E caminha no desamparo de respostas
?
Do que vive essa gente
Que não enxerga a poesia do peixe
Que não compreende a inquietude da flor
E rejeita o beijo da dor
?
Com que sonha essa gente
Que não ouve o oco vivo da rocha
Que não aceita a fecundidade do delírio
E não sabe do propósito da asa
?
Quem sabe dizer dessa gente
Que se arma em teia movente de gente
Que se entrega à desumana trama de não se saber vivente
Nasce
Vive
Morre
Despossuída
No vago do poço de si.
?
.
terça-feira, 30 de junho de 2009
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