terça-feira, 23 de junho de 2009

LAU SIQUEIRA - eira íntima

.

quanto ao que penso
confesso que desce pelos
poros

inundando a
pele no brilho opaco
das retinas

pulsante dentro e fora
das possibilidades de um
espelho

despedaçando ventos

soluçando
entre as rochas miúdas do
silêncio

- infinitude aguda
dos bares

onde às vezes
me pego violando
certezas

(digo: cervejas)

.

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