ENTREATOS - O Encontro

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Na conversa ela confessou, não era sua a fotografia e sim de uma prima que morava noutra cidade. Ele, meio constrangido, apreciando a sinceridade, também confessou a dele ser de um irmão quando com sua idade.

Já estavam se correspondendo fazia quase seis meses, trocaram desculpas e esqueceram o assunto por uns dias.

Ela pediu, queria uma fotografia atual. Ele ousou convidá-la para se conhecerem pessoalmente. Marcaram num bar com boa música, calmo e aconchegante. Cada um se identificou, a cor da roupa que vestiriam. Enganaram-se.

Ela chegou, ele já estava lá. Não se reconheceram. Sentados, cada um em sua mesa prestando atenção em quem entrava, não puderam deixar de se olhar. Flertaram e acabaram na mesma mesa. Foi uma conversa formal mas animada, que durou pouco; trocaram telefones. Ela já queria ir embora.

No outro dia, recebeu a mensagem pedindo desculpas, não pudera ir. Ele respondeu que tivera um problema, também não tinha ido. Marcaram de novo, fim de tarde. Novamente identificaram como estariam vestidos, enganando-se novamente.

Quando ela estacionava o carro viu o rapaz que conhecera no bar passando na calçada – você por aqui? Surpreso, convidou-a para um sorvete, depois um cinema.

Nunca mais trocaram nenhuma mensagem. Conheceram-se por acaso no encontro marcado numa sala de bate-papo.
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MQ
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