terça-feira, 25 de maio de 2010

prisioneiro


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quisera roubar-te a beleza
para cantá-la em minha poesia
como um ladrão comum
levá-la por entre os versos
nas estradas do meu corpo
suavemente...
depois me deixar aprisionar
pelos teus braços
agora já encarcerado
que os teus olhos cuidem os meus
que não escape um só olhar
como a cobra e sua presa
obedecerei sem relutância
todos os teus gestos
mas por favor não se apresse
qual sol quando passeia no dia
me torturas com tua pele macia
mas torturas lentamente...
e nunca me negues, te peço
o ensejo de liberdade
no instante do teu beijo


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MQ
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2 comentários:

  1. Belo poema, amigo. Só não sei equacionar o aprisionamento do desejo ao desejo de liberdade. Sempre dá em confuão... rsrsrs
    Se você já aprendeu essa lição, ensina para os pobres mortais atrapalhados pelos caminhos do amor.

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  2. Márcia,

    Obrigado amiga...
    A Liberdade sempre é sonhada em algum tipo de aprisionamento. Muitas nos convém, outras não. Talvez daí a confusão que dá.
    E o amor é desejo libertário. O caminho lugar de estar atrapalhado, aprendiz, maiormente...

    Abraços

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