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Nú
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos -
Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu'alma
Nua, nua, nua...
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terça-feira, 27 de abril de 2010
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Huummm, esse poema é
ResponderExcluirmuito lindo!!!
Quem diria..mas o poeta Bandeira era assim, algumas vezes, apaixonado e sensual!
Lindo!
Ah, amigo Quinan...venho buscar os
Drummond e Vinicius e Bandeiras de cada manhã!
Abraço.
Jac.,
ResponderExcluirQue bom recebê-la aqui toda manhã, gosto muito.
Hoje pendurei na janela o primeiro livro do Vinícius especialmente pra você.
Te abraço