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Tenho a casa vazia
E uma taça sobre a mesa
Pedindo companhia
Uma toalha de rosto
Onde não se vê sorriso
Um vaso pedindo flores
Aos pares
Pedindo que troquem a água
Dos olhos
Tenho uma chave na porta
Sem cópia
Meio reflexo
No espelho
Tenho uma cama
De solteiro
Mesmo que ali
Caibam dois corpos
Tenho dois travesseiros
E só um acorda amassado
O outro amarga as olheiras
Tenho uma mesa
E nela um controle remoto
Que não sabe das pequenas brigas
Pelo programa de auditório
Tenho um armário
Que me entrega as roupas
Calado
E um cabide solitário
Gavetas esquecidas
Das roupas estampadas de alegria
Tenho toda uma vida
Pedindo para ser dividida
Everton Behenck - http://apesardoceu.wordpress.com/
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segunda-feira, 12 de abril de 2010
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