segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Meu querer

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Inumana serpente
Vozeando meu silêncio
Cala essas horas
Da falta comendo
Meus significados

Abafa essa voz
Tardando a verdade

Abranda que demais
Tento despertecer

Tira dos meus olhos
Os outros faiscando

Deixa padecer as palavras
E o jeito delas todas

Faz enegrecer o caminho...
Destino de chegador

Cala o que assevera demônios
E deuses inexistentes
Que tanto se supõem
Afirmando no em si
Um no outro, em resvés

Inumana serpente
Enraivada com o complexo
Da minha angústia
Aponte apenas um lado
Sem desvelo ou atascais
Que já sei o que levo dentro
Serpenteando os mil quereres
As sensações... corpo meu
Risca a dor
Inumana serpente humana
Meu querer...


 
 
 
MQ
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