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Ela ficou louca - dizem - de tanto falar com as nuvens.
Andava por aí, vendo o mundo de cabeça pra baixo,
pondo reparo em tudo, des-consertando as coisas.
Vivia cismada, olhando a ponta
Vivia cismada, olhando a ponta
do horizonte.Insistindo em ver o mundo
de outro jeito.
As noites... ela queria encurtar, só pra ter manhãs de sol infinitas.
Navegava, certas tardes, no brilho do verde do mar. Inundava o caminho de
imagens estranhas, esquisitas.
Se alimentava de desejo de encontros. E na luz das claras manhãs, colhia
borboletas que brotavam nos ramos.
As flores em suas mãos, trocavam de cores quando queriam voar.
E no ar, ela desenhava passos de dança, vozes do vento,
o som das folhas quando caiam.
E sabia de cor, todos os tons do entardecer.
Certo mês, caminhou os dias todos sobre um fio transparente, segurando uma
sombrinha invisível.
Aprendera a andar sobre a emoção.
E quando a água descia pelos beirais, sua figura irreal deslizava sonhos na ponta
dos pés.
Um dia, o luar enamorou-se dela e foram juntos morar.
Um dia, o luar enamorou-se dela e foram juntos morar.
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Jac. Rizzo - http://jacrizzo.blogspot.com/
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Que lindo e emocionante... parabéns!
ResponderExcluirQue bom que temos vários de seus escritos sempre por aqui...
Abraços
Mari,
ResponderExcluirA Jac. é maravilhosa.
Bjos