.
.
eneu
sérgio souto / joãozinho gomes / marcos quinan
alforriada enfim liberta
alma alada ao corpo empresta
suas asas amplas abertas
e uma casa feita de réstia
pra que ao sol ele resida
e voe nu sem trapo ou véstia
e viva corpo em carne viva
e deixe a pele pra moléstia
e assim à lepra ele resista
ao chão da úmida floresta
e adube o sonho de conquista
e que a conquista seja esta
a liberdade que se avista
em cada olhar em cada testa
em cada gesto antiescravista
de cada ser que a chaga empesta
que a santa casa imperialista
tanto o exclui quanto o nega
talvez por nojo ou ojeriza
de uma misericórdia cega
que só tem olho pro escravista
que em seu leito não enxerga
a lepra exposta feito crista
no corpo que jamais se verga
ser forjado na conquista
escalavrado pelas guerras
casca de alma lazarista
adubo-homem sobre a terra
há de ser humo na floresta
há de mudar os falsos rumos
há apagar toda essa cresta
há de centrar os novos prumos
voz e violão: sérgio souto
sérgio souto / joãozinho gomes / marcos quinan
alforriada enfim liberta
alma alada ao corpo empresta
suas asas amplas abertas
e uma casa feita de réstia
pra que ao sol ele resida
e voe nu sem trapo ou véstia
e viva corpo em carne viva
e deixe a pele pra moléstia
e assim à lepra ele resista
ao chão da úmida floresta
e adube o sonho de conquista
e que a conquista seja esta
a liberdade que se avista
em cada olhar em cada testa
em cada gesto antiescravista
de cada ser que a chaga empesta
que a santa casa imperialista
tanto o exclui quanto o nega
talvez por nojo ou ojeriza
de uma misericórdia cega
que só tem olho pro escravista
que em seu leito não enxerga
a lepra exposta feito crista
no corpo que jamais se verga
ser forjado na conquista
escalavrado pelas guerras
casca de alma lazarista
adubo-homem sobre a terra
há de ser humo na floresta
há de mudar os falsos rumos
há apagar toda essa cresta
há de centrar os novos prumos
voz e violão: sérgio souto
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário