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Campos do Marajó
Nos vapores matutinos
Dos campos do Marajó
Em mondrongos vitalinos
Ou dentro dos igapós
Em lagoas e banhados
Onde o ser não vive só
Entre a cheia e a vazante
Trançados como filó
Moram tantas criaturas
Parecendo muitas mós
Sobrevoa o jacamim
Vigiando o repiquete
Na terra qualquer raiz
Sabe fazer o banquete
Taoca se põe em fila
É viva cada semente
Turu faz sua trilha
No podre à sua frente
Bandos de guarás revoam
Por rente a mamorana
Jaburus saem pra pesca
Vaqueiro canta tirana
“O tronco é de fazer casco
O cipó é de amarrá
Da palmeira só descasco
Folha que passa luá”
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MQ
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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