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Pernas
Entre elas
Um espaço de fome
Como a boca de um monstro
Como o gosto de sangue
Na língua cortada
Por um beijo afiado
Pernas
Como duas sentinelas
Guardando o óvulo
Feito ave
Moldura de carne
Nas curvas suaves
Um olhar agudo
O sangue fugindo
Quando a mão enforca a perna
Condenada
A passar a noite desperta
Pernas
Abertas
Para que um homem
Entre elas
Se ofereça em sacrifício.
Everton Behenck - http://apesardoceu.wordpress.com/
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terça-feira, 27 de julho de 2010
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