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No silêncio das folhas úmidas
mora a saudade da chuva,
antes e depois do vento,
jeito leve de abrandar o tempo.
No dizer da natureza,
da janela do eterno movimento,
avisto a estação da beleza,
e num longe quase impossível
guardo nas tardes da rua a grandeza.
Quintais sem muros,
infância sem fronteiras:
pé de ingá, tucumã, jaqueira,
ladeira abaixo na piçarreira.
No pulsar febril das horas,
a breve estação não se demora.
E vem a chuva estalando os telhados,
crescente amparo às lembranças.
Chuva, chuva, chuva...
Pés na lama, a menina dança.
Márcia Corrêa - http://novopapeldeseda.blogspot.com/
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domingo, 17 de abril de 2011
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Amei o blog, amo literatura, e principalmente a brasileira, isso é uma valorização pra todos
ResponderExcluirparabéns...
http://ladomorangodavida.blogspot.com/
Regianne
Grato Regianne, seja sempre benvinda, abraço.
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