domingo, 26 de janeiro de 2014

Segunda comunicação codificada - MQ

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Segunda comunicação codificada

 

 

Para Joaquim Barp Quinan

Do teu avô-menino

 

Espero que não tenham

Decifrado os códigos e vértices

A mim não reclamaram

Por certo nem notaram

Os adultos são meio assim

Despercebem... despercebem...

 

Vamos correr de todas as igrejas

Nelas o que convém

Convém demais

É quase como uma verdade

 

Nelas a liberdade não entra

Porque uma vez ela entrou

E a vestiram tanto

Que quando saiu pensaram

Que era carnaval

 

Das gentes os mais esquisitos

Pra esses

Tudo é proibido

E nunca vi ninguém inventar

Histórias mais requintadas

 

O jeito vai ser conviver

Com elas como histórias

E olhá-los com o comum

Do olhar de quem

Convive a harmonia

Da liberdade com jeito

E por isso é respeitador

 

Cuidado

Recomendo ao menino-neto

Para não sermos descobertos

Nessa confabulação

Tem muitas maiorias

Nas crenças que sabem de tudo

E eles não gostam que a gente fale

Nada não

E eles podem estar

Vigiando o menino-neto e o avô-menino

E propor até uma inquisição


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