sábado, 28 de novembro de 2015

Planando pelos campos - mq


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No alto da castanheira

Uiraçu faz seu lugar

No rumo do horizonte

Ele guarda seu olhar

 

Solitário gavião-tinga

Planando pelos campos

Parece filho do vento

Resumido pelos amplos

 

Vive na borda das matas

Caripira é do alagado

Com seu jeito incomum

Precisa viver ao lado

 

Distância não o domina

Gainambé fica parado

Imóvel bem em cima

É o sino do alagado

 

O seu vôo cauauá

Manso como lagoa

Não parece disfarçar

Que o perigo sobrevoa

 

Lusco-fusco florestado

vem o iocó-pinin

Devagar pelo banhado

Fingindo que é capim

 
 

 

 “Plantei de cravo nasceu alecrim

Sou ave sem ninho, vivo a sonhar

Com amor e muita paixão sem fim

(*)

 

 

 

 

(*)Domínio Público Adaptado

 

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