quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Campos do Marajó - mq


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Nos vapores matutinos

Dos campos do Marajó

Em mondrongos vitalinos

Ou dentro dos igapós

Em lagoas e banhados

Onde o ser não vive

Entre a cheia e a vazante

Trançados como filó

Moram tantas criaturas

Parecendo muitas mós

 

Sobrevoa o jacamim

Vigiando o repiquete

Na terra qualquer raiz

Sabe fazer o banquete

 

Taoca se põe em fila

É viva cada semente

Turu faz sua trilha

No podre à sua frente

 

Bandos de guarás revoam

Por rente a mamorana

Jaburus saem pra pesca

Vaqueiro canta tirana

 


 

 

 

“O tronco é de fazer casco

O cipó é de amarrá

Da palmeira descasco

Folha que passa luá”

 

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